segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Diálogos Educativos sobre a língua materna I - UNEB

O Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias do Campus XX – Brumado, promoverá no dia 30/08/2010, através do Curso de Extensão Para Além da Gramática: como ensinar na escola, o encontro Diálogos Educativos sobre a língua materna I, visando oportunizar alternativas práticas de reflexão e atuação em sala de aula sobre a língua, através de palestras, oficinas e propostas de projetos didáticos.

(Programação do Evento)

Maiores informações:

Tel.: (77) 3441-3278 / 3652

Equipe SISB/UNEB

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Poesia e Amor

Amo a poesia
Por Amar a própria vida
Sinto-a como um Amor platônico
Que mesmo contente
Sinto-me descontente.

Há sempre um desejo
De possuir o oposto supremo
A Beleza, as Virtudes que cortejo
São supremas ao inconveniente medo.

Por isso poetizar é sempre amar
é enfeitiçar com a admiração
que se cria
e que se agita.

Erivan Coqueiro Sousa

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Amor é um fogo que arde sem se ver


Amor é um fogo que arde sem se ver
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Peixe-espada?

O peixe-espada subiu na


serra pelada para


pegar amor-perfeito para


sua namorada.


Só que se surpreendeu.


Chegando bem pertinho


viu um lobo-marinho que


beijava um vaga-lume e


comia estrume.


O peixe-espada caiu


na gargalhada,


pegou uma coca-cola


e regou a flor:


há,há,há, deu até


vontade de urinar.


Corre-corre peixinho


vai ver seu bem-querer,


seu benzinho. já é


quinta-feira, com certeza.


Agora com o crash


econômico-financeiro


é um Deus-nos-acuda


namorar só com flor e fruta,


sem dinheiro.






Erivan Coqueiro Sousa
Projeto Compor com Alegria.














terça-feira, 17 de agosto de 2010

GEOGRAFIA SEM ESCRÚPULOS



Roubaram a Cidadania das pessoas
Assassinaram a Consciência ecológica
Poluíram todas as águas.
Queimaram nossas matas,
Nossas árvores e plantas.
Sujaram nossas terras,
Nossas serras.
Explicaram que é a globalização.
Divulgaram o perigo: Os cientistas.
Questionaram o atraso (cegueira) da evolução.
Calaram a voz dos ambientalistas.
Deixaram fria a geografia.
Oh, meu Deus! Como solucionar
Tantos problemas? A impureza do ar?
E o efeito estufa vai nos destruir.
As geleiras vão nos engolir.
O povo vivendo debaixo da ponte
Em meio ao esgoto / Nas periferias.
Precisamos parar de nos matar
E os animais de sufocar.
De ingerir tanta Química,
Tanta bobeira.
Oh, meu Deus! Ajude-nos,
Traga felicidade, respeito e verdade.
Oooooh, meu Deus! Oooooh, Mundo!
Oooooh, cidadania.


Erivan Coqueiro Sousa.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

SECA FEIA



Deus me fez debaixo do sol

Nas veredas do Sertão

No estado de Pernambuco

Paraíba e Maranhão

Ceará e Alagoas

E os outros não lembro não.

Veja agora quem sou eu meu amigo Nordestino,

Sou a triste seca feia e secai meu destino.

Sai da frente, sou valente, eu te faço ficar fino

Já sequei pé de cagaita, de vaqueta e cansação

E até lagoa d’agua, Lagadiço, Caldeirão

Coqueiro, Imburana, Imburuçu e çãjoão.

Enquanto a chuva mata

Se relaxa lá no céu

Vou queimando o Nordeste

Cubrindo com meu véu

Resecano São Francisco

Com meu gogozão cruel

Resseco até os brejos

Transformando-os em poeira

Faço garça avoar e sumir da catinguera

Faço vaca emagrecer e dispencar na ladeira.

Mato cabra e ovelha pra vê corpos pelo chão

Todos cheios de urubu, de goró e formigão

E se duvidar de mim, mato toda criação

Quem tem muita fé em Deus pede

Chuva pra chover

Pre’u sumir da catinguera e pros bicho reviver

Pra plantar feijão na terra

Pra depois o recolher.

Mas se o cabra não tem Fé,

Sofre muito em minha mão

Por que eu sou miseravel,

Bicho ruim sem coração

Queimo a fauna e a flora

Sobre o solo do Sertão

E se a chuva não chover

Eu seco o Rio Gavião

Também seco o Solimões

E todos os rios do Sertão

Seco todos rios do mundo,

Sem esquecer do Jordão,

Onde o cristo batizou

Pra lhes dá a salvação.

Também seco o Mar Vermelho

Pra ver morrer tubarão

Isso é se Deus quiser

Que eu vô secano a pé

Só pra vê o sequidão.


Ananias Ribeiro Sousa - Aracatu-Ba
O que faz a música


Vira e revira o intelecto,
Mexe com os extremos
Fala com os cotovelos
É a verdade de um talento.
Corações e almas passadas
Esgotantes, apaixonadas
Encontram-se na música.
A “Cotidianidade”, rotina bruta,
Relento do absurdo
Revela-se no Mundo
Pelo “Tom e Toque” da canção.
Quem disse que ela não toca
O romântico do coração?
Vida, Lida, Agita,
Provoca, Revela,Castiga.
Emoção do ápice explosivo
Maravilhoso estro melodiado.
Relaxa a mente e a alma
Tranqüiliza nervos
Faz-se sentir em casa,
Na multidão, na festa
Ou na solidão reflexiva
Do amanhecer.
A Música é Música
Nem cega, nem surda, nem muda.
“É Vida, é Música”.


Erivan Coqueiro Sousa

terça-feira, 3 de agosto de 2010

DEIXAR DE SER MIM (Poesia)

Saberei a incógnita que atinge meu coração?
Uma flecha não só fere a alma,
Como a psique rasga.
O pendão que defendia já não irradia
Esperança aos cativos amigos
De batalhas ideológicas.


Vou me sociar ao sócio-econômico
Para não desmaiar no mar petrificado
Vou esquecer minha verdade e entrar na castidade
Da perdição mundana.
Vou sim, provocar um caso de amor
Com o meu “benfeitor”.


Casos de amor rendem secretarias e regalias
Basta despir-me um pouquim
E deixar de ser mim.
Deixarei o natural pelo virtual
E mergulharei numa ilícita riqueza
Sinônimo de diferente “esperteza”.


No jogo do poder basta prevalecer
Ser o que quer ser
E acorrentar numa fina linha
Guiada por cegos e incrédulos.
Valerá-me mais o ceticismo ou o idiotismo?
Crer na consciência ou na maledicência?


Erivan Coqueiro Sousa

O HOMEM... (Poesia)

O homem que pensa, senta.
O homem que critica, atiça.
O homem que faz, refaz.
O homem oportunista, desliza.
O homem populista, má-cria.
O homem sonhador, perdedor?
O homem social, banal?
O homem mentiroso, vitorioso?
O homem vingativo, inimigo.
O homem político, amigo.
O homem politiqueiro, chiqueiro.
O homem rural, leva o mal?
O homem universitário, um espetáculo.
O homem religioso, prodigioso.
O homem, mais do que antes, e antes do que nunca...


E o povo... misterioso.


Erivan Coqueiro Sousa

VARIANTES VERDADES (Poesia)

O meu acreditar
não provém da sua verdade
O meu ver da di-nâmica
Insola na Introspecção reflexiva.

Existe a minha e a tua verdade?
Elas se mesclam para um fim
Ou distanciam-se nas ideologias
De um afobamento doentio do querer

O Maná emanará dos “Meios
Da Mágica ou da Vocação”?
Transbordando uma gota de lágrima
Reciprocederá a Erre da lástima.
A Erre do pensamento
globo cristalizado
Não concomitante
Ao devido, divino recado
Gama ou uma é desenfeitado.

Desdenhar nas trilhas
Dia-a-dia, dominical
Faz-não-faz,
A propensão, a visão
Do belo, Uno - Trino Sacral
Existente no completo
E complexo Espiritual.

Erivan Coqueiro Sousa
Erivan Coqueiro Sousa.